Adeus, querida tia, que grande saudade!
Hoje, mais uma página importante da minha história virou. Quando caminhamos para o décimo aniversário da partida do meu pai inolvidável, parte também a minha saudosa tia Melânia Silva Lima, Maninha para muitos amigos. A última sobrevivente da geração directa dos meus inesquecíveis avós João Tobo e Djodja de Maninha… Sinto como se fosse uma grande falta minha o não estar entre a nossa gente para deixar o meu coração palpitar, juntamente com os meus queridos primos, ao ritmo do pranto que, sei, muitos irão levantar, nesta hora de separação. Falta, aliás, cometida também na partida dos outros tios.
A terra ficou depauperada! Eu também fiquei mais pobre. Quando voltar à minha querida terra, ela lá não vai estar para me receber com a emoção doutrora, na visita que lhe fazia com alegria e felicidade.
A Vila agora cosmopolita perde referências de um passado que deixa uma nostalgia imensa, o grande passado de uma convivência sã, modesta e extraordinariamente feliz.
Mulher singela, corajosa, era dotada de um coração grande que cabia a todos. Isto é tão evidente no facto de que o seu nome mais generalizado era “Mãezinha”. Mãezinha de filhos, mãezinha de sobrinhos, mãezinha de vizinhos, mãezinha de amigos, mãezinha de estranhos; no seu lar era Mãezinha de todos... Por isto deixa filhos e netos de seu sangue, como de alheio, mas tão afectuosos quanto os consanguíneos.
No seu coração fervilhava um amor precioso. O amor de Jesus... Em boa hora, ela apreendeu o sentido desse amor e passou a comungar da fé que haveria de mudar sua vida. Dedicada à comunhão na família da fé, estava sempre presente para aprender e ensinar, talvez não tanto com preceitos, mas com exemplos, receber e dar, pôr a mão como pudesse e ajudar a levar avante o testemunho. Imagino rostos marejados de lágrimas de amigos/irmãos grangeados ao longo de anos e décadas de sã convivência na Igreja do Nazareno em Sal Rei.
E, na impossibilidade de estar presente, para sentir como vocês todos estão sentido, vai daqui para vós, da minha parte e da dos meus queridos, esta palavra de encorajamento e de estímulo à consolação e perseverança, pois a nossa esperança, em Cristo, é de um reencontro, no dia que o Senhor tem determinado.
Uma saudade muito grande aos meus dilectos primos e a todos os meus queridos na fé!

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